quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

NO AL RACISMO A LA DISCRIMINACION A LA IMPUNIDAD


Prezados amigos, sou um músico cubano, fui vitima de racismo no shopping cidade jardim, no momento que ia me apesentar com a cantora Marina de la Riva, apos 6 meses dos fatos, a administração do shopping ainda não deu uma resposta a altura, nem apresentou os responsaveis.

Embora tenham sido tomadas todas as medidas legais (fiz a denuncia no Decradi),  para evitar que situações como a anterior caigam no esquecimento, e os responsaveis na impunidade estamo promovendo uma paseata pela calçada do shopping em contra o Racismo e o preconceito, próximo sábado 19 ao meio dia, si você não pode asistir, pode se pronuciar : 


Nota à imprensa


Sou músico, negro, formado em pedagogia em Cuba, país onde nasci. Vim para o Brasil 
há 6 anos para fazer um curso de pós-graduação na Universidade Federal de Salvador. 
Atualmente moro em São Paulo, onde atuo como percussionista e professor de música, 
trabalhando com diversos artistas como Pepeu Gomes, André Jung, Edgar Scandurra, 
Luísa Maita, Karina Buhr, Marina de La Riva, João Gordo, entre outros. Escolhi o 
Brasil para meu aprimoramento profissional e, em especial, a cidade São Paulo por ser 
uma metrópole aberta à diversidade e caracterizada pela multiculturalidade. 
No dia 28 de agosto de 2010 fui vítima de um episódio racista por parte de seguranças 
do shopping Cidade Jardim, no momento que me dirigia a Livraria da Vila para fazer 
um show de apresentação do DVD da cantora Marina de La Riva. Na ocasião, enquanto 
me dirigia à livraria dois seguranças da instituição vieram ao meu encontro de maneira 
hostil, agressiva. Um deles falou que eu não poderia entrar sem me explicar o motivo de 
tal restrição.
Expliquei o motivo da minha presença no local e mesmo assim ele questionou e, 
apontando para mim, ainda que tentando ser discreto, comentou com o outro: 
– Estão suspeitando desse indivíduo porque ele está falando que veio fazer um show, 
mas anda de táxi e ninguém viu seus instrumentos!
Diante desse comentário, solicitei a presença de um responsável ou de algum superior 
dele e recebi a seguinte resposta, que reproduzo palavra por palavra:
– Você é estrangeiro e não sabe que este shopping foi assaltado duas vezes? Quem te 
mandou entrar, quem te autorizou a entrar?  
Nesse meio tempo, consegui me comunicar com um dos músicos da banda, que desceu 
ao meu auxílio. No momento da chegada dele, já tínhamos saído do interior do prédio e 
nos encontrávamos no estacionamento diante do táxi, onde eu, indignado, disse: 
– Olha vocês que falaram que ninguém viu meus instrumentos, eles estão aqui!  –
tirando-os do táxi.
Mesmo assim, eles continuaram argumentando que eu não podia entrar. Depois da 
intervenção da produtora da banda, do pessoal da livraria e dos músicos, entrei e se fez a 
apresentação. Indignado com o que vivi, reportei o fato à administração do shopping 
dois dias depois. Não obtive uma resposta à altura do ocorrido. Diante disso, resolvi 
comunicar o fato às autoridades competentes, formalizando a denúncia como crime de 
racismo.

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