quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O rapper Preto Wiil sofre racismo na estação do metrô Campo Limpo


O rapper Preto Wiil sofre racismo na estação do metrô Campo Limpo

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Preto Will Versão Popular

O rapper Preto Wiil sofre racismo na estação do metrô Campo Limpo

São Paulo 2011 século XXI.

Quando recebemos a notícia que o rapper Preto Will, do grupo Versão Popular, e poeta da Cooperifa, sofreu uma agressão - sem sentido tal qual toda intolerância -, no metrô Campo Limpo na Zona sul paulista, muitas agressões diárias, seja ela física ou simbólica, devem ser lembradas e instigar em nós o sentimento de indignação e revolta.
Em 1° de dezembro de 1955, Rosa Sparks resolveu não ceder o seu lugar em um ônibus para um branco. São 56 anos do fato e é triste constatar que coisas semelhantes ainda acontecem. Obviamente em outro contexto, outra realidade, antes que muitos achem absurda a comparação e vejam nestas diferenças que temos de época motivos para se calarem.
Preto Will foi agredido no metrô Campo Limpo pelos seguranças, que o estavam encarando. Ele foi agarrado pelo colarinho e pelas costas com uma gravata e levado para fora da estação. O segurança ainda disse que se ele quisesse que pegasse o ônibus, pois de metrô ele não iria. Ele passou pelo hospital e está bem. Após ter passado dez dias ininterruptos promovendo a cultura, a arte da periferia com a realização da 4° Mostra Cooperifa, isso acontece.
Um caso entre muitos que acontecem cotidianamente e ficam apagados e passam despercebidos por muitos motivos. Preto Will é nosso amigo, militante da cultura negra, da cultura periférica, e canta a favor desta periferia e suas famílias. Pelo James Bantu que também foi humilhado em uma agência no Banco do Brasil ainda este ano. Por muitos os casos. Segue a pergunta: até quando a cor da pele pagará o preço pelo seu valor?
Que estes seguranças passem por constrangimentos públicos e paguem o que a justiça lhes preparar. E que atitudes de racismo sejam denunciadas nas ruas, nas redes sociais, em todo e qualquer lugar, pois este mau se fortalece quando nos calamos e cruzamos os braços, fingindo não ser comigo ou com você. Racismo é doença e precisa ser combatido.
Toda uma vida de luta!
#RacismoNoMetrôCampoLimpo
Nina Fideles

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